A Igreja
Presbiteriana do Brasil está celebrando neste ano o seu 154 anos. Hoje estamos
presentes em todos os Estados da Federação e já temos mais de quatro mil
igrejas com aproximadamente oitocentos mil membros. A Igreja Presbiteriana do
Brasil é uma igreja comprometida com a evangelização, a educação e a ação
social. É um esteio do protestantismo pátrio. Vamos, agora, conhecer um pouco
sobre o nosso missionário pioneiro, Ashbel Green Simonton. Ele foi um jovem
idealista. Deixou os Estados Unidos nos tempos gloriosos de um grande
reavivamento e veio para o Brasil em 1859 para plantar a Igreja Presbiteriana.
Vejamos alguns aspectos de relevo em sua história:
1. Sua
família - Foi o
nono filho, o caçula, de uma família piedosa. Seu pai era presbítero, médico e
político, tendo sido duas vezes eleito deputado para o Congresso Nacional.
Simonton foi consagrado ao ministério da Palavra no batismo infantil.
2. Seu
chamado para o ministério – No dia 14 de outubro de 1855, após ouvir um sermão
do Dr. Charles Hodge sobre a tarefa da igreja, sentiu-se chamado para as
missões. Fez o curso de teologia no seminário de Princeton, em New Jersey. Após
concluí-lo, decidiu viajar para o Brasil. Quando alguém questinou o fato de ele
se dedicar a um país ainda pobre e assolado por várias doenças endêmicas, ele
respondeu: "A única segurança está na submissão à vontade e aos propósitos
divinos. Sob a direção de Deus, o lugar de perigo é o lugar de segurança e, sem
a sua presença, nenhum abrigo é seguro".
3. Seu
casamento - Ao saber
da enfermidade da mãe, Simonton deixou o Brasil e retornou aos Estados Unidos.
Mas, ao chegar, ela já havia falecido. Simonton ficou então um ano em seu país
de origem. Nesse tempo, casou-se com Helen Murdock. Após dois meses de casado,
regressou ao Brasil. Em 19 de junho 1864, nove dias após nascer-lhe a filha
Helen, sua adorável esposa morreu.
4. Seu
trabalho – O jovem
pioneiro deixou marcas profundas e indeléveis na história do presbiterianismo e
da evangelização nacional: a) organizou a escola dominical em 22 de abril de
1860 com cinco crianças, usando como livros textos: a Bíblia, o Catecismo e o
Peregrino, de John Bunyan; b) organizou a Primeira Igreja Presbiteriana do Rio
de Janeiro em 12 de janeiro de 1862; c) criou o primeiro jornal – A Imprensa
Evangélica, em 5 de novembro de 1862; d) organizou o primeiro presbitério, o
Presbitério do Rio de Janeiro, em 17 de dezembro de 1865, quando foi ordenado
ao sagrado ministério o ex-padre José Manoel da Conceição; e) criou o primeiro
seminário teológico em 14 de maio de 1867.
5. Sua
morte – Em 9 de
dezembro de 1867, aos 34 anos de idade, morreu em São Paulo, de febre amarela,
este heróico jovem desbravador. Sua irmã, esposa do Rev. Blackford, perguntou-lhe,
em seus últimos lampejos de consciência: "O que será dos crentes e do
trabalho que você está deixando?". Ele respondeu: "Deus levantará
alguém para tomar o meu lugar. Ele fará o seu trabalho com os seus próprios
instrumentos. Nós só podemos apoiar-nos nos braços eternos e estar
quietos".
Rev.
Hernandes Dias Lopes
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