“Chamando uma criança, colocou-a no
meio deles, e disse: Eu lhes asseguro que, a não ser que vocês se
convertam e se tornem como crianças, jamais entrarão no Reino dos
céus” (Mateus 18.2 – NVI)
Jesus respondeu essas palavras quando os
discípulos fizeram uma pergunta sobre quem era o maior no Reino dos
céus. Eles estavam preocupados com a hierarquia, o status e o
poder! Na cabeça deles, ser o maior significava ser aquele que
manda, que ordena, que dirige o barco e que tem o controle da
situação. Essa era a idéia de “maior” que eles tinham.
Afinal, eles viviam na cultura do Império Romano em que os maiores
mandavam e os menores obedeciam.
Por isso, a resposta de Jesus é tão radical. Ele
chama uma criança e diz que a porta do Reino dos céus só está
aberta para aqueles que se convertem e, então, se tornam crianças.
Nenhum adulto pode entrar no Reino dos Céus, ou melhor, a porta do
Reino dos Céus não está aberta para ninguém que queira dirigir o
próprio barco. Só podem entrar aqueles que querem ser dirigidos e
governados por Deus. Só podem entrar aqueles que, como crianças,
não têm o controle da situação.
Se na terra, existem indivíduos independentes,
donos do próprio nariz, governadores da própria vida, sabedores de
todas as cosias, deuses para si mesmos, no Reino dos Céus não
existe espaço para outros deuses, mas apenas para o único Deus.
Portanto, aquele que se converte, se torna ou será tornado como
criança. Deus, por amor, agirá de todas as formas e maneiras para
levar o seu filho ou filha a perder o controle da situação e o
governo da própria vida. Somente as crianças podem entrar no Reino
dos Céus; somente aqueles que perderam tudo (orgulho, vaidade,
auto-suficiência, desejo pelo poder, anseio por glória humana,
controle da própria vida, domínio das situações, capacidade natural
de dar soluções) vivem na dependência do Pai.
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